sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O OLEIRO E O VASO


 tEXTO Jr. 18:1-6.

INTRODUÇÃO
Num contexto profético, o profeta Jeremias é convidado pelo Senhor a contemplar a visão que descrevia o processo que o reino do sul, Judá, iria passar no cativeiro Babilônico. Fazendo uma analogia do "homem vaso e Deus oleiro”, percebemos que o trabalhar do Senhor é perfeito e que Ele está sempre investindo no seu maior patrimônio: seus filhos. É importante termos a ótica divina para reconhecermos nossa natureza frágil e a soberania de Deus. Nunca devemos abrir mão de nossas experiências de vida, que servem para amadurecimento da nossa fé, nos preparando  para enfrentarmos novos desafios.

i - o Processo do vaso

1º Separação do barro:
Existem cerca de 200 tipos de barro. Somente 8 são bons para fazer um vaso. Entre os 8 tipos de barro, destacam-se as seguintes diferenças:
1ª É o barro magro (seco) que significa: aquele barro sem consistência/firmeza.
 2ª É o barro gordo (úmido) que significa aquele que tem liga, plasticidade, firmeza e pode ser separado para Deus usar.
Isso não quer dizer que Deus não possa usar o barro magro, mais nesse caso o Espírito Santo vai ter que criar nele liga e plasticidade, para que Deus possa o separar, para passar pelos outros processos.

2º O amassamento:
Você pode se perguntar por que amassamento? Assim como o barro quando tirado de sua origem vem com sujeiras, nós quando saímos deste mundo pecaminoso precisamos que Deus retire todas as impurezas, que podem ser: lascívia vícios, prostituição, mágoa, ódio e etc. Só então o barro estará pronto para passar pelo terceiro processo.

3º O curtimento:
 O que é curtimento? É aquele momento em que Deus fala com todos, menos com você. Você ficará por um determinado tempo separado para ganhar maior consistência. Quanto maior for o projeto de Deus para sua vida, maior será o tempo do curtimento para ganhar mais resistência e dessa forma estar apto para os próximos processos.

4º O Pisamento:
 É nesse momento que Deus vai tirar todo o ar existente no barro. Deus também nesse processo permite que você seja humilhado, pisado, até mesmo pelos seus. Deus permite sermos pisados, pois todo ar do nosso orgulho, vaidade, autoconfiança, o “Eu”, vai saindo e ficando um barro puro. Só depois de Deus retirar todo o ar existente no barro Deus é que Ele vai poder te usar.

5º O molde.
O processo do molde é um dos mais difíceis, porque o nome já diz muita coisa (MOLDE), ou seja, Deus vai começar a transformar a nossa vida de uma forma total e geral:
1ª o molde por fora: é quando Deus começa a trabalhar em nossas vidas de forma externa, para que todos possam ver, mas existem alguns que não querem ser moldados por fora, pois continuam com as mesmas atitudes, modo de falar, de se expressar, as mesmas amizades, entre outros.
2ª o molde por dentro: nesse processo Deus vais tirar todo o nosso rancor, toda mágoa, toda falta de perdão, arrancar tudo que impede o vaso de ser usado por Ele. Muitos não aguentam esse processo e fogem da presença de Deus, não querendo que Deus os transforme em todos os sentidos.

6º O fogo.
É o momento que o oleiro coloca o vaso no fogo, pois através do fogo ele fica resistente e pronto para ser usado.
É nesse processo que Deus testa a nossa fé, nos provando no fogo, para ver se nós conseguiremos aguentar as aflições da vida. 
É nesse processo que o vaso ganha resistência, para suportar as adversidades da vida e tudo o que se seguirá, mas também para sabermos administrar as bençãos que Deus irá derramar sobre as nossas vidas.
 Faço a seguinte pergunta: você está pronto para passar por esses processos em sua vida? Recomeçar uma nova vida nas mãos do oleiro?
Você realmente se deixaria ser moldado por Deus?
Nós, os cristãos, temos que ser moldados todos os dias por Deus.

ii- Onipotência do oleiro:
1 ) O poder do oleiro;
Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade; FL2:13  .
2) O amor do oleiro;
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou; EF 2:4.

 3) A habilidade do oleiro;
Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo; FL 1:6.

III- A NATUREZA DO VASO:

1) A fragilidade do vaso;
2 CO 4:7,Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
RM 9:21,Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
2 TM 2:20, Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra.

2) A dependência do vaso;
RM 9:20,Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
 IS 45:9  Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos?

CONCLUSÃO
Não importa em que circunstâncias se dará o processo do trabalhar de Deus em nossas vidas, seja na olaria, no deserto, na aflição ou em alto mar, o mais importante é a lição que tiramos e as experiências que adquirimos, reconhecendo que sem Deus no controle de nossas vidas estamos fadados aos fracassos. Quando permitimos o seu trabalhar nos moldando, com certeza seremos bons filhos, servos obedientes e glorificaremos o nome de nosso Senhor para sempre, prosperando em todas as áreas de nossas vidas.
Luiz Carlos e Ângela Kazmirski – Ctba, Setembro/2013

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